Outras cidades da região

Vista aérea de Alcobaça

Alcobaça

Alcobaça tem uma população de pouco mais de 23 mil habitantes (dados de 2004) e uma área de 1.511 km².

É um dos principais pontos de partida para as viagens de barco até o arquipélago de Abrolhos ou aos recifes das Timbebas.

O município teve origem a partir de uma vila criada em 12 de novembro de 1772 pelo Ouvidor José Xavier Machado Monteiro no local denominado Arraial de Itanhém, situado às margens do Rio Itanhém, ao sul da Capitania de Porto Seguro. Alcobaça foi fundada através da Carta Régia de 1755 – um dos documentos mais importantes da História do Brasil no século XVIII.

Neste documento, o rei D. José I de Portugal manda criar a Capitania de São José do Rio Negro e dá instruções sobre a fundação de vilas na colônia. O nome deriva da cidade de Alcobaça, em Portugal, situada no distrito de Leiria.

A cidade baiana possui belos casarões do século XIX cuja proteção foi recomendada por técnicos do Instituto do Patrimônio Cultural do Estado (IPAC-BA). Além dos casarões, o patrimônio cultural de Alcobaça concentra-se também nas manifestações folclóricas. Entre as datas de festas folclóricas alcobacenses, destacam-se:

  • 19 e 20 de janeiro: Luta dos mouros e cristãos (conhecida, em outros lugares da Bahia e do Brasil, como cavalhada, chegança de mouros ou marujada);
  • 20 de janeiro: Festa de São Sebastião (auge da festa dos mouros e cristãos);
  • Pentecostes (maio ou junho):
  • Festa do Divino (desfile e procissão pelas ruas da cidade);
  • 29 de junho: festa de São Pedro (desfile e procissão de barcos no rio Itanhém) e
  • Época natalina: folguedo de reis, brincadeira das pastorinhas e terno de boi (bumba meu boi).

Entre as principais praias de Alcobaça estão a Praia da Barra (onde há o encontro do mar com o rio Itanhém e uma extensa faixa do manguezal), a Praia do Centro (com barracas, restaurantes, pousadas e hotéis) e a Praia do Farol – local bem tranquilo e o predileto por jovens para a promoção de luaus.

Rio Caravelas e a cidade homônima às suas margens

Caravelas

Caravelas é uma cidade banhada pelo rio de mesmo nome, em sua foz no Oceano. A população estimada em 2004 do município era de cerca de 21 mil habitantes. Possui uma área de 2.369 km. Caravelas foi fundada em 1581, sendo o município criado em 1700. Em 11 de maio de 1823 travou-se ali um combate entre a marinha portuguesa e as forças brasileiras, durante a guerra da independência. Em 1855 passou à categoria de cidade.

O Centro Histórico é formado por construções coloniais do século XIX. Em estilo art nouveau, as casas ficaram ainda mais encantadoras com os azulejos de Macau que enfeitam as fachadas, em especial as das ruas Sete de Setembro e Barão do Rio Branco. Nas praças, os sobrados dividem a atenção também com bonitas igrejas, como a de Santo Antônio (de 1725) e a de Santa Efigênia (de 1890).

Com o tempo, o município foi perdendo importância demográfica e econômica, principalmente depois da desativação da Estrada de Ferro Bahia-Minas.

Hoje, o município é o principal ponto turístico de embarque para o Arquipélago de Abrolhos. Entre as principais praias do município estão a de Barra de Caravelas, a da Ponta da Baleia, a de Barra Nova, a de Barra Velha, a de Grauçá, a de Iemanjá e a de Quitongo – onde funciona o Centro de Visitantes do Ibama, com a réplica de uma baleia jubarte e uma sala de fotografias.

Barcos de pescadores em Nova Viçosa

Nova Viçosa

Localizada a 960 km de Salvador, Nova Viçosa fica entre o rio Peruípe e o Oceano Atlântico e é cercada por manguezais e pela Mata Atlântica. Suas praias chegam a ter uma faixa de areia com 300 m de largura na maré baixa. Algumas delas contam com barracas de alimentação e bebidas.

A cidade se desenvolveu a partir de uma aldeia indígena que existia às margens do rio Peruípe. Em 1720, o capitão de conquistas João Domingos Monteiro aportou, encantou-se com a paisagem, resolveu ficar e deu origem a um vilarejo que ficou conhecido como Campinho de Peruípe.

Nova Viçosa vive hoje da agropecuária, da pesca e do turismo. As atrações são as praias, as pequenas ilhas abertas à visitação (como a da Coroa Vermelha e a da Cassumba) e o Centro Histórico, com construções do séculos XVIII e XIX. A Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição está edificada no mesmo local onde foi erigida, em 1733, a primeira capela do Campinho de Peruípe.

Outra atração local é o Museu Ecológico Frans Krajcberg, um espaço cultural e centro de preservação ecológica de propriedade do pintor, escultor e fotógrafo polonês de nascimento, mas naturalizado brasileiro. Ele chegou ao Brasil em 1951 e participou de movimentos em defesa do meio ambiente em vários estados. Radicado em Nova Viçosa há mais de trinta anos, mantém seu ateliê e expõe suas obras no local.

Helvécia, também nos limites do município, é um povoado que teve origem na Colônia Leopoldina, formada por imigrantes alemães, suíços e franceses, agraciados em 1818 com uma sesmaria. Reunia fazendas de plantio de café, mas hoje é uma colônia nagô, que mantém tradições da cultura africana em manifestações artísticas, na culinária e na linguagem.

Entre as principais praias da cidade estão a da Barra, a do Pontal, a de Lugar Comum, a de Sabacuí, a do Pau Fincado e a da Costa do Atlântico, rodeada de coqueiros e muito frequentada por surfistas.

Vista da cidade de Itamaraju com o Monte do Pescoço ao fundo

Itamaraju

Localizada a 751 km de Salvador, Itamaraju é uma cidade que já foi a maior potência econômica da região por causa do auge do cacau nas décadas de 1970, 1980 e 1990. Possui uma população estimada em 67 mil habitantes em seus 2.580 km² de área. Emancipou-se em outubro de 1961, desmembrado-se do município de Prado.

“Itamaraju” é uma palavra oriunda da língua tupi. Significa “pedra das árvores do Jucuruçu”. Em 1860, a região, passou a atrair diversos exploradores para a atividade de extração de madeira, facilitada pelo acesso pelo rio Jucuruçu, navegável por mais de 50 km, chegando até a orla do mar, na cidade do Prado.

Por volta de 1895, a atual cidade de Itamaraju nascia de um povoado denominado Dois Irmãos, em louvor aos santos padroeiros Cosme e Damião. Durante a Guerra do Paraguai, ali se esconderam alguns desertores, levando a localidade a receber o topônimo de Escondido. A vila de Escondido, que se tornaria Itamaraju mais tarde, teve como impulso a febre do comércio de jacarandá e o alto preço do cacau, dando origem a novas fazendas – principalmente de gado. Hoje, de acordo com a Secretaria de Agricultura da Bahia, o município apresenta o maior rebanho bovino do estado. E é o segundo entre os maiores produtores cacau, sem falar nas grandes safras que colhe de abacaxis, bananas, café e mandioca.

Seu principal ponto turístico é o Monte do Pescoço. Itamaraju faz parte das famosas “Serras Baixas” descritas na carta que Pero Vaz de Caminha escreveu ao rei de Portugal em 1500. Era aqui o campo de caça dos índios Aimorés encontrados por Cabral.

A principal data festiva da cidade é a celebração do Dia de São Cosme e Damião.

O aeroporto de Teixeira de Freitas recebe voos diários da Azul

Teixeira de Freitas

Distante 809 km de Salvador, Teixeira de Freitas tem uma população estimada de 169 mil habitantes, sendo a maior cidade do Sul da Bahia. O município possui área de 1.166 km² e foi fundada no ano de 1985, desmembrando-se dos municípios de Alcobaça e Caravelas.

A cidade inicialmente era denominada São José de Itanhém, mas recebeu seu nome atual em homenagem ao baiano Mario Augusto Teixeira de Freitas (São Francisco do Conde, 31 de março de 1890 – Rio de Janeiro, 22 de fevereiro de 1956) estatístico brasileiro, fundador do IBGE.

A partir da década de 70, com a construção da BR 101, a cidade tornou-se um importante pólo de beneficiamento de madeira, de agricultura e de pecuária. Em 2013, o Produto Interno Bruto (PIB) de Teixeira de Freitas foi de cerca de R$ 1,8 bilhões. Das pessoas economicamente ativas, a agropecuária responde por 27%, a indústria e a construção ocupam 29% do total, e os restantes 53% estão alocados no setor de serviços e comércio.

É na cidade de Teixeira de Freitas que opera o Aeroporto Nove de Maio, cuja área de influência abrange parte do leste de Minas Gerais, a região norte do Espírito Santo e parte do extremo sul da Bahia. A Azul Linhas Aéreas Brasileiras é a única empresa comercial que oferece voos diários até lá, a partir do Aeroporto Internacional Tancredo Neves (Confins/Belo Horizonte).

É também em Teixeira de Freitas que fica o campus Paulo Freire, uma das sedes da Universidade Federal do Sul da Bahia.

Praia da Costa Dourada, em Mucuri

Mucuri

Município litorâneo, Mucuri é o limite meridional do estado da Bahia, fazendo fronteira com os estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Mucuri tinha em 2014 uma população de 40,5 mil habitantes, segundo o IBGE.

Em dialeto tupi, Mukury significa “bacurizeiro”. A história de Mucuri começou quando colonos e bandeirantes atravessaram a região. Os registros fazem referência à presença de índios aimorés e dos temidos botocudos, que resistiam bravamente à dominação do homem branco. Eram nômades, caçadores, extremamente ferozes e adeptos da antropofagia (eles tinham a crença de que comer a carne do inimigo lhes fortaleceria).

A região começou a ser explorada no século XVI na busca de ouro e de pedras preciosas. Por volta do século XVIII, chegaram à região alemães e suíços que se estabeleceram cultivando café. Em virtude da Ordem Régia datada de 10 de outubro do ano de 1769, criou-se o município chamado São José de Porto Alegre, cuja instalação se deu a 15 de outubro de 1779 pelo ouvidor-geral da comarca de Porto Seguro, José Xavier de Machado Monteiro. Em 1931, o nome mudou para Mucuri.

O município possui 35 quilômetros de faixa litorânea, com falésias e inúmeros coqueirais. Entre as principais praias, muitas delas virgens e praticamente desertas, estão a da Barra, a da Costa Dourada, a da Cacimba do Padre, a da Jacuriba, a da Vila, a de Malvinas, a de Mucuri, a do Pôr do Sol, a do Sossego, a dos Coqueiro e a dos Lençóis.