Onça pintada

Parque Nacional do Descobrimento

Criada em 1999, esta reserva de Mata Atlântica no extremo sul da Bahia localiza-se no município de Prado e protege parte das Bacias Hidrográficas dos rios do Peixe, Imbassuaba, Japara Grande e Japara Mirim, além da foz do Rio Cahy, o primeiro ponto de fundeio da armada de Pedro Álvares Cabral no Descobrimento do Brasil, em abril do ano de 1500.

É parte do Sítio do Patrimônio Mundial Natural da Costa do Descobrimento, local considerado Reserva da Biosfera. A visitação ao Parque está aberta a grupos de estudos de colégios e universidades, bem como a pesquisadores.

O grande interesse em transformar esta área em Unidade de Conservação foi pelo fato de estar em um dos últimos remanescentes de Mata Atlântica do extremo sul da Bahia. No ano de 2000, o local recebeu o título de Patrimônio Natural da Humanidade pela UNESCO. A região em que está localizado o Parque Nacional conta com uma estratégia de conservação em larga escala, o Projeto Corredor Central da Mata Atlântica. Essa iniciativa foi estabelecida a partir do Projeto Parques e Reservas do Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais Brasileiras.

A diversidade de sua fauna é considerada o fator de maior interesse de pesquisa. Nesta UC estão os últimos redutos do mutum-do-sudeste, ave apenas encontrada na Mata Atlântica. Em seu interior, há 47 espécies de pássaros, como o papagaio chauã, o macuco e o gavião real.

A região apresenta grande potencialidade para o desenvolvimento do ecoturismo. O Parque Nacional do Descobrimento destaca-se no contexto da conservação da biodiversidade da Mata Atlântica por tratar-se de um dos últimos remanescentes em bom estado de conservação no extremo sul da Bahia.

Os inventários de avifauna realizados no extremo sul da Bahia, no âmbito do projeto “Abordagens Ecológicas e Instrumentos Econômicos para o Estabelecimento do Corredor do Descobrimento” (IESB 2002), permitiram demonstrar que fragmentos maiores abrigam grande número de espécies como papagaios, jandaias e periquitos.

A UC tem níveis relevantes de biodiversidade e contém um número significativo de espécies que constam da lista brasileira de espécies ameaçadas de extinção.

O clima no local é úmido tropical, característico de florestas quentes e úmidas. Os solos são do tipo arenoargilosos, com textura arenosa, e o relevo é predominantemente plano.

Os principais ecossistemas são a floresta ombrófila densa e a Mussununga. O Parque apresenta uma alta riqueza biológica, com 253 espécies de aves assinaladas, das quais 47 são endêmicas e 18 ameaçadas, incluindo o mutum-do-sudeste.

As mussunungas são ambientes que se formam sobre solos arenosos, em que as matas ficam mais finas, com árvores de casca branca, predominância de arbustos e árvores baixas, muito semelhantes aos encontrados nas matas de restinga.

Os remanescentes florestais da região estão sendo pressionados por diversas práticas locais, como a retirada ilegal de madeira e incêndios florestais. As principais ameaças são queimadas, a caça ilegal e o desmatamento.

(Fontes: www.wikiparques.org e www.observatorio.wwf.org.br)