Parque Nacional e Histórico do Monte Pascoal

Localizado no município de Porto Seguro, na divisa com o município de Prado, possui uma área de 22.500 hectares. O Parque Nacional e Histórico do Monte Pascoal foi criado em 1961 para proteger os ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica – em especial a área de avistamento do Descobrimento do Brasil, possibilitando a realização de pesquisas científicas, atividades de educação ambiental e turismo ecológico.

A criação do Parque visa também conservar alguns dos últimos trechos remanescentes da Mata Atlântica do Nordeste e compreende uma amostra representativa dos ecossistemas de transição entre o litoral e a floresta pluvial dos tabuleiros terciários, assim como conservar os recursos genéticos, fomentar atividades de educação e investigação.

O Monte Pascoal foi a primeira porção de terra do Brasil avistada pelos navegadores portugueses no século 16. Nas primeiras décadas da colonização portuguesa, os povos indígenas se faziam ali presentes. Em 1943, a área passou a ser protegida com o nome de Monumento Monte Pascoal e, em 1961, foi transformada em Parque Nacional.

A área do parque é compartilhada com a reserva indígena, território dos Pataxós, com 8.600 hectares. A região é coberta por Mata Atlântica e, do topo do monte, tem-se a visão do mar de um lado e da Serra do Itamaraju do outro.

A unidade tem como principal atração a trilha para o Monte Pascoal e o centro de visitantes, que conta parte da história do Descobrimento do Brasil.

Além da trilha para o Monte Pascoal, é possível percorrer as trilhas de Jendiba e da Arruda, assim como a do Jequitibá e a do Lugar Sagrado.

O Ecoturismo é uma prática disseminada, com trilhas de até 1,5km de extensão. Um roteiro que liga o pé do Monte à praia do parque está sendo estruturado e hoje esse trajeto apenas pode ser feito pela Terra Indígena Barra Velha.

O parque é uma Unidade de Conservação que abriga trechos de Mata Atlântica, de restinga, de alagados e de mangues, com uma vasta vegetação tipicamente nacional, com árvores como o pau-brasil, a maçaranduba e o jatobá.

A vegetação predominante é a Floresta Tropical Pluvial, onde as espécies de maior ocorrência são o visgueiro, a farinha-seca e o anda-açu (de grande porte).

Nos trechos mais úmidos da mata, onde ocorre o palmito, há diversas espécies de liquens, musgos, aráceas e orquidáceas. Nas partes mais secas da mata, ocorre a piaçaba, utilizada para a extração de fibras. A capoeira, nesse caso compreendida como vegetação secundária, desenvolve-se no lugar da Floresta Ombrófila Densa.

O Parque tem uma fauna diversificada. Entre os mamíferos destacam-se o veado-campeiro e a ariranha, ambos ameaçados de extinção, além do ouriço preto, da preguiça de coleira e do guariba. Com relação aos carnívoros, vale citar a suçuarana e a tradicional onça.

Existem ainda 176 espécies de aves catalogadas, e as ameaçadas de extinção são o urubu-rei e o mutum.

A fauna é exuberante e rica nos diversos ambientes, e os animais possuem uma relação direta com a vegetação existente, auxiliando na disseminação de espécies como o caxinguelê.

O parque apresenta uma área natural de paisagens diversas e belezas cênicas, como a praia da Aldeia de Barra Velha, de águas cristalinas, e as praias pluviais dos rios Caraíva e Corumbau.

O relevo do Parque é caracterizado pelos depósitos de praias com bancos de recifes, extensas planícies costeiras, tabuleiros da formação barreiras, colinas e pequenas serras de rochas cristalinas.

O clima da região do parque é úmido e super úmido, tropical e subtropical, apresentando uma temperatura média de 21°C com máximas de 38°C. A umidade relativa do ar fica em torno dos 80% durante todo ano.

A extração ilegal de madeiras nobres é a pior ameaça à natureza do parque.

(fonte: www.wikiParques.org)